Como ler partitura para canto coral

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Como ler partitura para canto coral: o passo a passo definitivo para você não ficar perdido no ensaio.

Aprenda como ler partitura para canto coral sem traumas.

Você não sabe como ler partitura para canto coral, e nunca imaginou que deveria saber antes de ingressar em um grupo. 

Então você foi super animado para o ensaio. Colocaram uma partitura na sua mão, e você não tinha a menor ideia do que fazer com aquilo! Aí, veio o desespero, e você ficou duas horas sem conseguir cantar nada.

Essa é uma situação muito comum, porque os corais, normalmente, recebem as pessoas a qualquer tempo, e você pega um trabalho no meio do caminho, não dando tempo de aprender a ler a partitura com a desenvoltura daqueles que já estão engajados no conjunto.

Daí você fica perdido, passa o ensaio inteiro sem conseguir cantar uma nota e vai para a casa frustrado porque não conseguiu nem mostrar sua voz. Ficou ali, paralisado, tentando decifrar aquele misterioso papel.

Hoje, os seus problemas acabaram!! Pois você vai aprender a ler uma partitura para canto coral de forma rápida e eficiente, para conseguir usufruir o ensaio da melhor forma. 

Você verá que não é necessário saber ler as notas musicais de forma precisa. Só precisa ler o que está no seu idioma, e acompanhar a dinâmica das vozes na pauta.

Aprendendo a lidar com o material dessa forma, verá que é muito simples acompanhar uma partitura para canto coral, mesmo sem saber ler música.

O que é a partitura?

A partitura é a forma mais difundida de escrita musical. É onde estão dispostos os momentos que devemos cantar. É o mapa da música, dispondo cada evento organizadamente. Por isso, é material indispensável no ensaio coral.

A função da partitura é comunicar o que precisa ser feito, como deve ser feito, mas não dá conta de todas as questões musicais, sempre partindo de uma proposta interpretativa.

A partitura é tão útil que chega ao ponto em que a situação se inverte, e a dificuldade passa a ser parar de olhar o tempo todo para ela, e se concentrar nas questões sonoras. 

Quando olhar a partitura se torna um vício, o cantor deixa de observar o maestro e, até mesmo, decorar a música. Isso acarreta diversos problemas de performance.

É muito difícil fazer um grupo, que está acostumado a olhar o tempo todo para a partitura, cantar de cor. Por isso, é preciso entender a partitura como um meio de aprendizado que, em algum momento, não será mais necessário.

Mas eu nem sei por onde começar a leitura!!

Sem pânico! 

Acompanhar a partitura é uma questão de prática. Com o tempo, você se acostuma, basta dar essa oportunidade a si mesmo. No começo, atenha-se ao que você entende.

Toda a partitura possui a letra da música, e isso qualquer pessoa que sabe ler no próprio idioma entende. Portanto, inicie acompanhando apenas a letra.

Para facilitar a visualização, você pode grifar com o marca-texto ou sublinhar a letra da música. Ouça a melodia e tente acompanhar lendo a partitura:


Leitura de partitura para canto coral: sapo jururu

O canto a mais de uma voz

Tudo bem, maestro, mas no ensaio eu recebi uma pauta com várias linhas e diversos eventos simultâneos. Como eu faço quando é assim?

No exemplo anterior vimos a música com apenas uma voz. De fato, o canto coral admite várias vozes. Isso significa que dividimos o coral em diversos grupos que cantam melodias diferentes que, ao mesmo tempo, se harmonizam.

Assim, temos 2, 3, 4 ou mais linhas simultâneas, cada uma dedicada a um grupo de cantores, instrumentos ou solistas.
Leitura de partitura para canto coral: sapo jururu a três vozes

Grupos que cantam a mais de duas vozes são mais difíceis

Nem sempre é possível iniciar um coro com várias vozes, às vezes, por falta de cantores ou porque o grupo ainda não tem experiência suficiente para cantar dividindo as vozes. 

No início, é importante que cantemos em uníssono para aprender a igualar o som da melhor forma, de preferência, em uma região de conforto comum entre os cantores. 

Depois abrimos as vozes combinando melodias pouco a pouco com efeitos de back vocals, pergunta e resposta, ritmos obstinados (ostinatos) que se repetem constantemente. 

Há diversas técnicas de abertura de voz que contribuem para um aprendizado musical eficiente. Consequentemente, uma melhor atuação no coro.

Se você não sabe nada de música, nunca viu uma partitura antes e foi aceito em um grupo que canta a muitas vozes simultâneas, provavelmente está em um trabalho muito avançado. 

É recomendável que busque um trabalho que fortaleça as bases para que obtenha uma experiência proveitosa em grupos maiores.

A dinâmica de ler partitura para canto coral

Cantar com vozes separadas pode ser um desafio aos ouvidos inexperientes, visto que muitos tendem à melodia principal, ou para alguma melodia que mais chama a atenção. 

É importante desenvolver a consciência da parte que lhe cabe no grupo. A partitura é uma ótima aliada nesse momento, indicando o momento certo de cantar, e o momento de ficar em silêncio, bem como o contorno melódico, indicado no "sobe e desce" das bolinhas, quando as notas musicais são agudas ou graves. 

Quanto mais altas forem as notas, mais agudas; quanto mais baixas, mais graves.

Leitura de partitura para canto coral a quatro vozes

A formação mais comum em corais é a quatro vozes, tendo duas vozes agudas masculinas e femininas (soprano e tenor) e duas graves (contralto e baixo). 

Combinando as quatro vozes obtemos o efeito coral. 

Assim, mesmo em formações menores, normalmente separamos as vozes pelo conforto natural de cada um. 

Se a pessoa tem voz aguda, canta com os sopranos, se for mulher, e os tenores, se for homem. Se possui voz grave, canta com contraltos, se for mulher, e baixo, se for homem.

Para aberturas além de quatro vozes, há também as vozes médias: mezzo-soprano se for mulher e barítono se for homem. 

VozGraveMédiaAguda
MulherContraltoMezzoSoprano
HomemBaixoBarítonoTenor

Como ler partitura para canto coral com mais de uma voz

As partituras com mais de uma voz são dispostas em sistemas onde todas as vozes aparecem juntas. 

Para acompanhar partituras com mais de uma voz, é necessário identificar a linha que lhe é atribuída e segui-la sempre.

Em alguns casos, a partitura omite as linhas dos grupos que não estão tocando. Veja do lado esquerdo de cada linha o nome do grupo que deve cantar. Se o seu grupo não estiver lá, significa que não precisa cantar.

O nome das vozes só aparece por extenso no primeiro sistema. Nos outros, são abreviados. 

As abreviações costumam ser as iniciais do nome de cada voz. S para soprano, A para contralto, T para tenor e B para baixo. Tudo é bem intuitivo e fica disposto à esquerda da partitura.

É importante anotar observações na partitura para lembrar os eventos. Marcar as entradas e os momentos em que não deve cantar facilita a visualização. 

Para facilitar ainda mais, você pode grifar a linha que lhe cabe. 

Veja no vídeo abaixo como fazer isso com uma partitura de canto coral:

Critérios para determinação vocal

Vários podem ser os critérios adotados para definir em que voz o cantor deve cantar. O cantor precisa saber aceitar isso e, ao menor desconforto, sinalizar ao maestro e pedir que troque de voz. 

Importante frisar que, “desconforto”, significa sentir dor, coceira ou qualquer outro tipo de mal-estar físico. 

O fato de não cantar uma voz por não conseguir aprendê-la, confundir-se com outra voz ou qualquer outro aspecto cognitivo do aprendizado musical, não justifica a troca de naipe, visto que, em certos casos, pode interferir no conforto ao cantar. 

Em suma: não podemos colocar uma pessoa que naturalmente não canta em determinada voz para cantar outra, pois estaremos colocando em risco sua saúde vocal.

Qualquer dificuldade na ordem do aprendizado musical é puramente educativa e precisa ser desenvolvida em atividades corais elementares paralelas à aulas de música. 

Se há alguma dificuldade que lhe impede de cantar nesse sentido, significa que o coro é avançado demais para você. Neste caso, é melhor cantar em um grupo que desenvolva as aptidões musicais básicas antes de ingressar em conjuntos desse tipo.

Vozes graves cantando notas agudas e vice-versa

É comum atribuir a melodia principal às vozes agudas. 

Colocar um cantor com voz grave para cantar trechos deste tipo, apenas por não conseguir deixar de cantar a melodia principal, não é aconselhável, visto que, esta prática pode prejudicar a saúde, já que extrapola os limites vocais. 

Nesse caso, é melhor simplesmente não cantar determinado trecho.

É importante que o cantor entenda as próprias limitações e as aceite. Cantar agudo ou grave não significa cantar bem. 

Há músicas boas para todos os tipos de voz e, no coral, o que vale é a combinação delas. A atividade é democrática e todos podem participar contribuindo à sua maneira. 

A boa composição coral é prazerosa para todos. O regente competente sabe escolher as músicas que mais agradam a todos.

Tudo isso deveria ter sido apresentado a você antes do primeiro ensaio

A partir daqui é provável que você consiga acompanhar as partituras do seu coral sem muitas dificuldades. 

No entanto, se você buscou esse conteúdo e leu até aqui com interesse, significa que você realmente precisava disso para conseguir ensaiar com o seu grupo. 

Isso significa que faltou esse conteúdo no coral do qual está participando. Trata-se de um conteúdo básico e elementar para qualquer pessoa conseguir atuar em um coral com o mínimo de discernimento.

Muitos corais não possuem abordagem educativa, e tentam extrair do cantor apenas a voz, sem capacitá-lo para a tarefa. 

É uma atitude ruim em dois sentidos, pois obriga o cantor a buscar soluções alternativas para sanar as dificuldades, ou o coloca numa situação onde sempre está inseguro para realizar a tarefa. 

Acontece quase que uma "seleção natural" dentro de uma atividade onde essa abordagem não faz sentido, já que o canto coral é a melhor atividade para a educação musical que existe. 

Isso é uma atitude complicada, pois dificulta o aprendizado musical, cria sofrimentos de diversos tipos e não educam o ouvido musical de forma saudável. 

Esse tipo de situação não acontece em grupos que dispõem de recursos para a educação musical. 

No entanto, é compreensível, observando que muitos grupos só conseguem se encontrar durante um horário na semana, não sobrando tempo para atividades musicalizatórias.

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Com essa metodologia você fica totalmente independente do maestro em relação à identificação dos próprios erros, aprende a se avaliar de forma eficiente e, consequentemente, melhora sua atuação, sem sofrer pela falta de qualquer embasamento.

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