Aulas de canto para iniciantes

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Aula de canto para iniciantes: um passo a passo para começar a cantar sem traumas!

Aulas de canto para iniciantes podem são as mais difíceis de abordar.

Você gosta de cantar e quer aprender mais? Está a procura do melhor método de aulas de canto para iniciantes? Quer desenvolver sua voz e aprimorar seu conhecimento?

Muita gente imagina que, para aprimorar a voz, o ideal é fazer aulas de canto individuais para obter mais eficiência no aprendizado, mas, o canto é uma ciência complexa e envolve muitos conhecimentos musicais.

Veja nessa postagem o passo a passo para definir o método mais adequado para você aprender a cantar de forma saudável, eficiente e prazerosa.

Encare o canto como um instrumento musical

Muita gente tem interesse em fazer aulas de canto, mas não tem ideia que aprendemos a cantar da mesma maneira que aprendemos um instrumento, sendo o canto um dos mais difíceis que existe.

Em instrumentos, na maioria dos casos, basta apenas apertar determinadas sequências de botões, ou mesmo, somente um botão, e tudo sai pronto e devidamente afinado. Na voz, precisamos saber moldar o som coordenando uma série de movimentos que proporcionam uma experiência saudável e prazerosa. Não é algo fácil de obter, e necessita de ampla capacitação.

Entenda a ciência do canto

Além da consciência musical, o canto exige um controle vocal que passa por diversas questões ligadas à fisiologia como, por exemplo, a parte respiratória, o uso da laringe, da boca, do aparelho fonador como um todo. Qualquer parte do corpo pode influenciar na qualidade da voz e provocar um efeito inesperado.

Todos sabemos entoar um som bem definido, ao ponto de sustentar uma nota, manter uma fluência rítmica e não soar como algo falado. O canto é inerente à humanidade. Aprendemos a cantar desde bebê e sabemos fazer isso no nível mais básico da nossa existência naturalmente.

A falta de posicionamento científico cria diversos problemas de entendimento desta arte. Quando nos propomos a estudar, é necessário ter consciência que estamos adentrando o território da ciência musical. O anseio esperado é aprofundar a atividade e aprimorar o conhecimento técnico. Portanto, o estudo do canto parte das questões musicais.

Cantar de forma espontânea, todos somos capazes. Isso é natural e inerente à nossa existência, mas cantar com consciência musical exige treinamento e conhecimento específico. Há uma grande diferença entre cantar espontaneamente e cantar com consciência.

Para pessoas que não estão dispostas a aprender música, as aulas de canto não são proveitosas, pois trazem um evidente desvio da ciência em que a atividade está inserida. Cantar com consciência musical exige ter conhecimento das técnicas necessárias para alcançar determinados objetivos. E no canto, isso parte prioritariamente da música.

Escolha o professor capacitado

A situação se agrava quando os professores de canto não recebem uma capacitação com esse viés, adotando uma postura desviante do objetivo fim da atividade. Assim, aulas de canto sem propostas de ensino-aprendizagem tendem a se transformar numa espécie de karaokê sem nenhum objetivo artístico.

Com o passar de gerações, forma-se uma prática de ensino comum com um "efeito bola de neve", onde se torna natural admitir que, mesmo para pessoas que se dispõem a ensinar canto, a baixa consciência musical é aceitável.

Esse talvez seja o maior impeditivo do desenvolvimento musical dos alunos que iniciam os estudos de canto. Para fazer aulas de canto individualmente, é necessário um conhecimento musical mais amplo que permita um diálogo musical entre professor e aluno, sem desvios que retiram a atividade do âmbito musical.

Busque atividades que desenvolvem o conhecimento musical

É mais eficiente buscar atividades musicais que desenvolvem o canto e, ao mesmo tempo, musicalizam, como o canto coral, por exemplo.

Por ser uma atividade em conjunto, o canto coral é pensado essencialmente como uma atividade pedagógica com objetivo de ensinar música cantando, criando um ambiente muito mais propício para obter os conhecimentos musicais básicos para aproveitar a aula de canto da melhor forma.

Uma das atribuições mais básicas do cantor é saber cantar afinado. O conceito de afinação é polêmico e possui discussão ampla, mas uma coisa é fato:

"nunca cantamos afinado, cantamos afinando."

Pois a afinação é algo relativo. Você canta afinado relativo a alguma referência dada, seja um acorde, uma melodia, ou mesmo você, quando está cantando sozinho, sem nenhum acompanhamento. Neste último caso, a sua afinação é relativa à tonalidade que você mesmo assumiu.

Ao pegar uma nota inicial, estabelecemos como todo o restante gira em torno dela mesma. Se não temos consciência da função que aquela nota possui, não temos noção do que é estar afinado.

Cantar sozinho é muito mais difícil do que cantar acompanhado, pois toda a referência do que está afinado é reduzida e depende exclusivamente do discernimento de quem está cantando.

Priorize o aprendizado musical

Em muitos casos, as pessoas não desenvolvem o conhecimento musical necessário para entender as questões mais específicas da ciência musical e acabam transformando a aula de canto em um espaço de lazer, onde o professor funciona praticamente como um karaokê humano, nem sempre devidamente capacitado para ministrar aulas do tipo. Normalmente, esse caminho é adotado por professores com baixo conhecimento técnico que tentam compensar a deficiência em outros aspectos que não são musicais.

Como não oferecem as ferramentas adequadas para ensinar a cantar, e dificilmente dominam tantos gêneros musicais como um aparelho de karaokê, usam do bom humor e da criação de um ambiente divertido e agradável, sem a promoção do conhecimento musical fundamental para aprimorar a voz.

Essas abordagens criam uma "cortina de fumaça", onde os alunos não conseguem definir o quanto estão evoluindo. Sem objetivos bem definidos, a aula de canto se transforma em mero entretenimento despropositado, sem prover uma transformação intelectual e artística.

Busque ferramentas que promovem a avaliação consciente

O canto coral se torna a ferramenta mais adequada para iniciar no estudo do canto, pois combinamos a nossa voz com outras, e essa combinação gera os efeitos harmônicos e as comparações necessárias para que você consiga determinar se está afinado ou não.

Cantando com outras pessoas conseguimos definir se o som é o mesmo por comparação. Essa prática é bem mais eficiente do que precisar sempre de um feedback de um professor para saber se está cantando corretamente, pois estimula uma escuta ativa, aprimorando a percepção musical.

Cantando bem ou não, o que define o entendimento do que está certo ou errado é a consciência musical, não um "parabéns" ou um "muito bem" de um professor. Quando acertamos algo é porque sabemos que está certo. Não é obra do acaso julgada por terceiros.

Em qualquer outra atividade, um simples "parabéns" de um professor não é suficiente para concluir se estamos bem. Para definir o certo e o errado é necessária a consciência do que estamos fazendo. Na maior parte das aulas individuais, os alunos iniciantes ficam tão perdidos que nem conseguem definir exatamente como cantam.

O mais importante é o professor dispor das ferramentas necessárias e suficientes para o aluno contemplar o que fez e diga:

"Opa, realmente está correto. Eu sei que é assim!"

Do contrário, a aula de canto é sempre a expectativa de ganhar uma "estrelinha" do professor. Um reconhecimento sem explicação lógica.

Quem possui o conhecimento sólido não necessita de reconhecimento, pois sabe quando está correto, independente de qualquer tipo de feedback.

Cuidado com professores que sempre querem te agradar

Muitos professores de canto também preferem usar repertórios que o aluno gosta de cantar, oferecendo um catálogo onde é possível escolher as músicas favoritas.

Essa abordagem é importante, pois mantém o aluno motivado e torna a atividade mais prazerosa. Neste caso, os iniciantes precisam ter atenção, pois essa é uma ótima estratégia para tirar o foco do aprendizado e, novamente, transformar a aula num karaokê.

Neste ponto, a falta de consciência musical se agrava, pois, dependendo da proposta, podem ser definidos repertórios bem mais difíceis do que você é capaz de cantar. E não saber que está mal feito, aumenta o efeito "bola de neve" onde perpetua-se o nível de consciência musical baixo, com a promoção de performances ruins, que prejudicam a auto-estima, a saúde vocal e não trazem nenhum benefício para o aprendizado.

Tonificar a voz não é suficiente

Outros professores preferem somente cuidar do tônus vocal, como se fosse uma espécie de terapia respiratória, ou de voz. A abordagem é interessante e importante de ser feita, mas boa parte dela está fora da alçada de um professor de música - isso inclui o professor de canto.

O professor de música só possui  capacidade de ensinar a ciência musical. Só consegue trabalhar o que é próprio da música. Foi para isso que foi preparado. Existem outros profissionais que foram devidamente capacitados para as terapias de reabilitação, como fisioterapeutas e fonoaudiólogos, por exemplo. Esses são os profissionais que lidam com a reabilitação vocal.

Professor de canto não é médico, nem terapeuta

Aula de canto não resolve nenhum problema de saúde vocal, muito menos de saúde respiratória. Ainda menos questões psicológicas, ou questões de reabilitação sensório motora.

Embora seja um coadjuvante nessas terapias, nada disso é o propósito de uma aula de canto. Aulas de canto não curam doenças e não são terapias de reabilitação.

Quando um professor não tem consciência musical, normalmente, ataca para outros lados onde possui alguma afinidade. Alguns apelam para aspectos teatrais, outros para questões terapêuticas, enquanto outros tentam obter apenas um momento despretensioso de prazer pelo canto.

Nada disso surte efeito, pois, nesses casos, a aula de canto se torna um pretexto para resolver questões que não são do próprio meio. Logo, será uma solução "capenga" para resolver qualquer outro problema.

Pense nisso:

  • Quer cantar despretensiosamente? Compre um karaokê ou baixe um aplicativo do tipo. Dá pra fazer até pelo YouTube.
  • Quer resolver problemas respiratórios? Procure um médico pneumologista e um fisioterapeuta respiratório.
  • Quer resolver questões motoras e questões da fala? Procure um educador físico e um fonoaudiólogo.
  • Quer resolver angústias existenciais? Procure um psiquiatra e um psicólogo.

Faça essas perguntas a si mesmo e observe se esses são os seus objetivos com aulas de canto. Caso positivo, desista. Aulas de canto não são para você.

Mas se você...

Quer realmente aprender música? Faça aulas de canto com um professor devidamente habilitado. De preferência com licenciatura em música. Esse é o profissional que vai lhe ensinar a ser um artista completo. E inicie pelo canto coral, pois terá muito mais ferramentas musicalizatórias do que nas abordagens individuais.

Procure profissionais com foco na música

É muito comum o desvio de função das aulas de canto quando o professor não conhece o "estado da arte".

Não acredite em fonoaudiólogos, fisioterapeutas, médicos, advogados, ou qualquer outro profissional que resolve dar aula de canto simplesmente porque julga cantar bem. Todos esses profissionais tiram a música do centro da atividade, pois não são artistas de formação. Nem foram capacitados para ensinar pessoas para a ocupação.

A escolha entre o canto coral ou individual vai muito além do que se espera da atividade em si. A questão maior é saber o objetivo da atividade. É necessário deixar bem claro se você realmente quer aprender música.Tendo o objetivo bem definido, com certeza fará bom proveito das aulas de canto em qualquer modalidade.

Comece fazendo canto coral

Sem dúvidas, o canto coral é a atividade mais eficiente para quem quer aprender música, pois, dispõe de um ambiente equilibrado e recursos abundantes para trabalhar as questões pedagógicas. A exigência física é muito menor e as tarefas são compartilhadas, proporcionando um trabalho colaborativo para alcançar um objetivo comum.

Enquanto isso, no canto individual estamos sempre sozinhos, totalmente expostos, muitas vezes sem muito controle sobre a própria voz e sem a consciência musical bem construída. Em muitos casos, as propostas musicais são muito mais difíceis de lidar do que as propostas de um coral. Afinal de contas, o profissional que lida com canto coral atende um número maior de pessoas, tendo mais conhecimento das dificuldades mais comuns.

O professor de canto individual é mais preocupado com as necessidades individuais, mas, se não há consciência do que quer; se a proposta é simplesmente "melhorar a voz"; o professor também não têm muita noção do que prover para atingir os anseios do aluno.

Aprenda o vocabulário musical

Muitas pessoas que procuram orientação vocal não sabem muito bem o que querem. Não costumam ser bem atendidas ao procurar uma aula individual, pois não sabem bem o que dizer. Não conseguem encontrar as palavras corretas para se expressar. Não possuem vocabulário musical, não dominam o jargão necessário.

Embora as aulas de canto individuais pareçam mais eficientes, esse ruído de comunicação impede qualquer trabalho de qualidade. Na falta de vocabulário adequado, o aluno não consegue se expressar e o professor, por sua vez, não o entende.

Em contrapartida, quando o professor se expressa, não consegue usar os termos com os quais o aluno está familiarizado, pois o significado musical precisa ser devidamente construído. O aluno iniciante ainda não teve tempo de adquirir o conhecimento necessário para compreender o vocabulário musical.

Um professor capacitado até pode ensinar ao aluno, mas imagine um professor que não domina o jargão? A aula vira uma autêntica "torre de babel", onde ninguém se entende e, quando entende, não é a respeito da ciência musical.

Não jogue seu dinheiro no lixo com aulas individuais

Aulas de canto individual são bem mais caras do que as aulas de canto coral. Grupos corais costumam ser numerosos e o valor da hora-aula é diluído entre os integrantes.

O preço das aulas de canto coral é, pelo menos, quatro vezes menor do que o das aulas individuais; e aulas de canto coral possuem mais benefícios educativos, com a possibilidade de conhecer mais pessoas que gostam de música como você, que podem compartilhar experiências, aumentar o seu círculo social e conversar sobre assuntos do mesmo interesse.

A vivência das outras pessoas agrega sua experiência e, consequentemente, pode lhe orientar ainda mais sobre o que deseja com a própria voz.

Cantores famosos como Tina Turner, Whitney Houston, Usher, Bobby McFerrin, Justin Timberlake, Katy Perry, Britney Spears, Snoop Dogg, Ed Sheeran, Aretha Franklin, Diana Ross, Avril Lavigne e muitos outros começaram a descobrir o talento vocal dentro do canto coral.

O canto coral foi fundamental não só para estabelecer as bases musicais desses artistas, como também para ajudar-los a definir qual caminho tomar no canto solo.

Experimente diversas abordagens sem preconceitos

Um dos aspectos que mais define o conhecimento é a vivência. Acima de tudo, música é experiência. Em aulas individuais, sempre trocamos apenas com uma pessoa, mas no canto coral há uma grande troca de saberes de diversos tipos onde, cada um, em seu próprio nível, trabalha em prol de um objetivo comum.

O líder do grupo, o regente, maestro, diretor musical, têm a função de organizar a troca de forma inteligente. Sendo o integrante mais experiente, mostra a melhor forma de executar as tarefas, sendo um exemplo a ser seguido para garantir o sucesso do trabalho.

Esse líder experiente também é um educador e sua experiência como professor de diversos alunos com perfis diferentes o torna competente para conduzir o grupo, fornecendo a consciência musical necessária para que cada integrante possa determinar claramente o que deseja para a própria voz. Sem meandros, sem desvios de função e provendo os fundamentos básicos para conscientizar cada um sobre a própria finalidade musical.

Diversifique as referências sonoras

Nas aulas individuais, por mais que o professor mostre algum exemplo, é apenas uma voz que pode ser muito diferente das referências que o aluno possui. No caso de mulheres fazendo aula com homens é evidente a diferença entre as vozes e, nesta situação, o exemplo do professor nem sempre é suficiente. Nesses casos, é preciso um exemplo de uma voz equivalente. O que acontece sempre no canto coral.

Logo, o canto coral é o melhor lugar para você observar se a sua voz está coerente com as emissões equivalentes e, por comparação, identificar problemas e buscar soluções. Observar a evolução de um colega é fundamental para descobrir o próprio caminho.

Se está começando do zero, definitivamente, faça canto coral!

Aulas de canto coral não anulam as aulas de canto individual. Na verdade, as atividades se complementam. No entanto, é mais comum pessoas com maior poder aquisitivo buscarem aulas individuais diretamente. É uma péssima escolha, pois não terá as melhores condições educativas para o trabalho.

Para quem acha que fazer um maior esforço e pagar mais caro por aulas individuais traz mais resultados, está redondamente enganado. Gastará mais dinheiro e não obterá maior proveito. Economize dinheiro e esforço no início. Procure um coral, fortaleça suas bases musicais e, depois disso, busque orientação individual, de preferência, mantenha as duas atividades em paralelo.

Um coral ao seu alcance

Infelizmente, muitos corais ainda assumem a postura de "karaokê" e não oferecem um serviço musicalizador. Se você quer conhecer um coral que possui foco no desenvolvimento musical, conheça o Choir at Home.

No Choir at Home desenvolvemos a consciência musical ao máximo para que não haja nenhum entrave no seu desenvolvimento vocal. Além das bases musicais, você vai experimentar diversos repertórios e tonificar a sua voz para fazer bom uso de qualquer aula de canto individual.

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Comentários

  1. Parabéns, maestro, pela abordagem bem interessante e explicativa sobre canto coral e aulas de canto. O primeiro deveria ser obrigatório na grade de todas as escolas, pois é importante, também, para a interação e socialização entre pessoas. Além disso, ensina a desenvolver os dois lados do cérebro!

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