Novo Coro Oficina - Preparando o principiante para o canto coral

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Saudações musicais!

Tenho algumas novidades empolgantes sobre minha jornada musical. Recentemente, decidi seguir um novo caminho e não sou mais o maestro do Novo Coro Oficina da Associação de Canto Coral. A experiência com o Coro Oficina foi valiosa e enriquecedora, proporcionando muitos momentos de aprendizado e crescimento. No entanto, a vida é feita de mudanças e, para continuar evoluindo, decidi buscar novos desafios.

Agora, estou dedicado a um projeto inovador chamado "Choir at Home". Este coral online é uma excelente oportunidade para você aprimorar suas habilidades vocais no conforto de sua casa. Convido você a descobrir mais sobre este trabalho revolucionário no artigo Choir at Home: O Coral Online que Aperfeiçoa sua Voz.

A seguir, você encontrará o conteúdo completo sobre o Coro Oficina.



Um dos trabalhos mais complexos da atividade musical é o de base. Este não acontece apenas no âmbito da aprendizagem, mas também no do convencimento. Especialmente quando se trata do canto coral, atividade na qual muitas pessoas resolvem ingressar a partir de um interesse supérfluo mas que, aos poucos, vão se apaixonando, até que resolvem fazer do canto algo importante para a vida. Hoje, a postagem é sobre o Novo Coro Oficina, da Associação de Canto Coral.

As oficinas de música

Um dos meus maiores incômodos é observar coros com o nome “oficina” que não são atividades de oficina. Há muitos grupos espalhados com este nome, com a variante inglesa “workshop” ou espanhola “taller”, ou simplesmente com o nome invertido: oficina coral. Entretanto, boa parte desses conjuntos não compreendem a própria nomenclatura. Eu mesmo rejo um grupo com o nome oficina que não segue a metodologia de oficinas de música.

Leia mais em: Corais que Rejo - Coro Oficina - Associação de Canto Coral

Esse incômodo ocorre porque as oficinas de música possuem uma abordagem singular: a experimentação. Uma oficina de música parte do princípio de que todos estão começando do zero e, partindo da experiência, chegam ao objetivo final de maneira totalmente consciente.
Se tem uma coisa que não existe em muitos cantores de coro é a absoluta consciência de sua função dentro do grupo. Digo isso, não apenas pensando na maneira de se portar dentro de um ensaio, mas nas questões musicais mesmo. Dificilmente um cantor de coro sabe qual nota do acorde ele tem em determinado ponto da música, qual o ritmo exato de determinado trecho, qual a dicção a ser realizada em uma palavra, a tradução do texto proposto, a situação social em que a obra se encontra. Ou seja, o canto coral abarca tantas consciências simultâneas que, para muitos regentes, é mais fácil alienar o cantor fazendo-o acreditar que está tudo certo do que  orientá-lo a favor da verdade, pois, convenhamos, dependendo do que é proposto, não há tempo para fazer tudo e, para muitos grupos, esse não é exatamente o interesse.

Ensaio X Oficina

No fim, o que ocorre em muitos grupos que se dizem oficina (inclusive o meu) é um ensaio, não uma oficina. Em um ensaio, fazemos de tudo para que a música dê certo com o menor tempo despendido. Uma engenharia de produção buscando retirar do cantor toda a sua potencialidade na maior velocidade possível. É claro que, sendo seres humanos pensantes, nem sempre conseguimos retribuir. Daí vem a frustração e, por conseguinte, a desistência. Especialmente quando o aspirante resolve ingressar na prática quando os ensaios já estão adiantados. Para esses, são duas as dificuldades: ter de entender toda a dinâmica de um ensaio coral e ainda dar conta do tempo perdido.
Acredito que o trabalho de base precisa ser carregado de verdades de modo que, quando o cantor ingressar no ambiente de ensaio, que seja da maneira mais consciente possível e, de fato, se sinta seguro para afirmar a sua voz.
Nesse sentido, as oficinas de música são um importante trunfo, pois, partem da experiência para o conhecimento acadêmico. Primeiro, experimentamos os efeitos que a voz pode fazer, sem muita teoria, depois, explicamos o fenômeno. E, como partimos da experimentação, com o ingresso de novos cantores, basta realizar o experimento novamente para que haja um entendimento.

Foco no aprendizado

Como o objetivo não é chegar à música com perfeição, e sim os seus efeitos, o foco é o aprendizado, e não o repertório. Um erro comum tanto do regente, como do cantor, é abordar um grupo como mero realizador de repertórios, quando, na verdade, é um realizador de efeitos musicais que, quando aplicados de maneira consciente ao repertório, trazem a excelência. Sempre digo e repito, um coral, que foca apenas no repertório, está fadado a perder cantores constantemente, pois, nunca é possível agradar a todos e, no momento de mudança de repertório, muitos cantores com esse pensamento deixam o grupo, assim, não obtendo entrosamento, característica tão necessária ao trabalho em conjunto e que só é possível com o tempo de vivência. O cantor de coro precisa estar aberto a novas experiências, assim, possibilitando maior crescimento.

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